Facilitando o acesso aos exercícios físicos, as academias ao ar livre oferecem bem-estar e qualidade de vida à população de maneira gratuita e inclusiva.
Implementadas em parques, praças e espaços abertos de várias cidades interioranas, litorâneas e capitais brasileiras, as academias ao ar livre não possuem restrição de público, pois podem possuir instalações especializadas para que deficientes físicos desfrutem dos benefícios de uma vida mais saudável.
Quando os espaços contam com orientadores responsáveis por acompanhar os usuários, as academias ao ar livre com equipamentos adaptados possibilitam não só a realização de exercícios, como um treino feito de maneira efetiva, correta e sem risco de lesões devido ao mau uso dos aparelhos.
A prática de atividades físicas nesses ambientes trabalha a mobilidade, a flexibilidade e os grupos musculares dos membros superiores. Em forma de circuito, esse estímulo conta com aparelhos funcionais, ou seja, praticados com a carga do próprio corpo.
Acessibilidade e autonomia
Quando não há um profissional para ajudar, os usuários podem treinar de forma autônoma, verificando no próprio equipamento as instruções para realizar o exercício corretamente e qual área do corpo ele vai trabalhar. No caso dos portadores de deficiência visual, as indicações são fornecidas em Braile para que ele também possa se exercitar.
As conquistas que estão sendo realizadas levam também melhor qualidade de vida e sentimento de pertencimento aos espaços públicos pelas pessoas com deficiência física, que frequentemente se deparam com uma série de desafios na própria cidade.
A acessibilidade é uma forma de incluí-los também na prática de esportes, e a tendência é que as condições melhorem graças à instalação de academias ao ar livre.
Ao unir um espaço propício para os deficientes, as crianças, os jovens, os adultos e os idosos, as academias ao ar livre se tornaram uma alternativa para quem não consegue encontrar um local de treino que atenda às necessidades de todos, pois elas incentivam muitos deficientes a praticar exercícios físicos em um espaço sem impedimentos e com aparelhos adaptados.
Por isso, não é recomendado que usuários que não possuam deficiência usem os aparelhos adaptados para deficientes físicos, evitando danos e preservando o instrumento para quem realmente necessita.
Aparelhos Híbridos
Alguns espaços de exercício ao ar livre já possuem aparelhos híbridos, ou seja, destinados para pessoas com ou sem deficiência! Os equipamentos podem ser utilizados de maneira convencional e também de forma adaptada, sem auxílio externo ou ferramenta especial.
Os equipamentos híbridos possuem pintura eletrostática, rampa de acesso para cadeirante, instruções em braile e com fonte ampliada, e assento rebatível que permite o uso por usuários não cadeirantes.
Além disso, os aparelhos são produzidos dentro dos padrões de qualidade e certificados por órgãos competentes, como o Inmetro, garantindo a eficiência e segurança para todos os públicos que se exercitam em ambiente aberto.
A puxada alta híbrida, a remada híbrida, a torre de bicicletas híbrida, o tríceps híbrido, o supino híbrido, o abdominal híbrido, o bíceps híbrido e o gira-gira adaptado para cadeirantes são alguns dos equipamentos que podem ser compartilhados, trabalhando membros superiores, costas e abdômen da população.
As crianças também são contempladas com o balanço infantil adaptado para cadeirante, ganhando seu espaço nas academias ao ar livre, importante para uma infância muito mais feliz.
Importância das Atividades Físicas para Deficientes
A prática de exercícios e esportes é essencial para todas as pessoas, pois promovem saúde física e mental, bem estar, além de interações sociais.
Para o deficiente, a atividade esportiva é ainda mais importante, pois é uma poderosa ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão dessas pessoas à sociedade. Mais do que tudo, as atividades físicas lhes proporcionam independência e autonomia.
A importância das atividades físicas na vida dos deficientes foi comprovada por um estudo realizado por pesquisadores de São Paulo, que submeteram a uma avaliação psicológica 30 atletas portadores de deficiência, com idades entre 17 e 59 anos. O resultado? Os atletas mostraram altos níveis de vigor e baixo grau de depressão, o oposto encontrado em um grupo de pessoas sedentárias.
Benefícios para o Organismo
Para os deficientes físicos, a prática de exercícios aprimora a força, a agilidade, a coordenação, a flexibilidade motora e o equilíbrio, além de melhorar a condição cardiovascular dos praticantes.
Na esfera social, é por meio da prática de atividades físicas e do esporte que os deficientes têm mais uma oportunidade de socializar com outras pessoas, fazendo com que a sociedade perceba que os deficientes têm muito potencial para ser desenvolvido em todas as áreas.
Na esfera psicológica, um bom treino aumenta a autoestima e autoconfiança, fazendo com que eles tenham uma visão mais positiva de si mesmo e confirmando a capacidade de enfrentar e superar desafios de forma positiva.
Por isso, no caso dos deficientes, a prática de atividades físicas vai muito mais além do que benefícios para o corpo e a saúde, possibilitando que eles se sintam bem emocional e psicologicamente. Com as academias ao ar livre com equipamentos adaptados, eles só têm a ganhar, com mais um espaço acessível, de inclusão e onde podem se desenvolver plenamente.